A economia atual exige movimento, de um lado consumidores adotando novos comportamentos, quebrando paradigmas em busca de produtos com mais qualidade e custo benefício. Do outro, empresas cada vez mais inovadoras buscando atrair mercado e sanar as necessidades desses consumidores em constante transformação. A consequência desse ciclo é a rapidez de produção de novos conhecimentos e o aumento de novas empresas, deixando o mercado ainda mais competitivo.
Diante dessa concorrência, copiar e piratear se tornou algo corriqueiro. Muitas empresas pegam carona no sucesso de outras, copiam nomes e estilos de logomarca, ou seja, criam réplicas a baixo custo e vendem, o que acaba confundindo o consumidor que pode vir a comprar algo de baixa qualidade por engano. O resultado disso, é uma maior conscientização sobre a importância do registro de marcas e patentes, que passou a ser cada vez mais procurado por empreendedores que buscam a proteção de marcas e produtos inovadores.
Segundo informações do site do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), em 2018, só no estado de Santa Catarina surgiram 20663 novas empresas e cerca de 10089 registros foram realizados. Ou seja, quase 50% desses empreendedores já buscaram se proteger e ter exclusividade no mercado.
A empresaria Jussiane Siqueira, que é especialista na área, explica que o registro se tornou uma ferramenta crucial de criação de identidade, pois o nome da empresa tem como objetivo conectar a marca ao público desejado. Além de garantir o uso exclusivo de um produto ou marca, oferecendo mais segurança para a empresa se tornar cada vez mais disruptiva e forte no mercado, evitando assim problemas futuros.
Jussiane observa que o registro também oferece outros benefícios como o aumento do valor da empresa, facilidade de identificação pelo cliente, maior credibilidade no mercado, possibilita franquear a marca, garante segurança nos investimentos de propaganda e proteção comercial e jurídica contra o uso indevido de terceiros.
Os custos necessários com o registro de marca não devem ser levados como gastos e sim como investimento, pois refletem diretamente no fluxo de caixa da empresa, ganhando mais valorização e credibilidade, afirma Jussiane. Ela ainda lembra que muitos empresários tentam fazer os seus registros sozinhos pelo site do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), mas esclarece que o processo é bem complexo para usuários inexperientes e que muitas empresas especializadas oferecem o trabalho por baixo custo e garantem a conclusão do processo que envolve inúmeras etapas e burocracias.
O INPI é o único órgão que realmente garante a segurança da marca e por todo o território nacional, porém o processo de registro é longo. Após a confirmação se a marca já existe no mercado, inicia o processo de julgamento do INPI que dura cerca de dois anos e resulta em uma resposta do órgão aprovando ou negando. Se negar deverá ser iniciado um processo de defesa e se aprovar o cliente terá o direito sobre a marca por 10 anos, sendo prorrogáveis.